domingo, 26 de agosto de 2012

Bad Trip In The Hospital

Por volta das 4:30 da madrugada fui acordado por minha gata miando alto. Era aquele típico meado enjoado, longo e chato de quando as gatas estão em seu estado mais caliente. “Céus, inventam tanta merda pra gatos, bem poderiam inventar um vibrador para os bichanos, seria um aparato bem procurado.”, pensei enquanto levantava para dar uns safanões na Frida, que estava fazendo sua exibição inutilmente no meio da sala. A pobrezinha não conseguiria nada, ainda mais pelo fato de que moro no oitavo andar. Nenhum gato seria Magaiver o suficiente para chegar até a donzela que estava se fazendo de pão para levar salsicha.

Dada à bronca, fui à cozinha tomar um copo d’água e comecei a sentir uma leve queimação no estômago. Pensei na possibilidade de ser meu estômago pedindo por comida e resolvi dar uma olhada na geladeira. Um vasto mix de alimentos: uma banana com cara duvidosa, um pote de maionese com a cor esverdeada e uma latinha de cerveja Kaiser. Peguei a banana. Como de costume, a Frida começou a mendigar e lhe servi um pouco de ração. Voltei para a cama.

                7:00 da manhã acordei novamente, desta vez por uma dor de estômago mais intensa. Procurei por algum remédio na cozinha e nada encontrei. Acordei minha madrasta e questionei se tinha algo para ajudar a aliviar a dor. Recomendou que eu tomasse um pouco de água quente com canela. Esquentei a água, adicionei a canela e mandei brasa. Não demorou nem 1 minuto para que minha dor se intensificasse e começasse a me preocupar. Resolvi ir até o hospital.

                A dor foi aumentando gradativamente e já na espera do pronto atendimento eu me contorcia de dor, era como se meu estômago estivesse em chamas e tive que me deitar nas cadeiras de espera. Era um pátio branco e enorme com pelo menos 100 cadeiras de espera, mas estava quase vazia, salvo por mim e por uma senhora com aparência de que poderia morrer a qualquer hora, conseguia ver uma barrinha de HP em cima de sua cabeça e indicava apenas 3 de life. Era magrinha, tremia e a cor dos olhos era clara. Estava só o pó da gaita.


 Um pé na cova e outro na casca de banana. Sorriu para mim e pude ver a barrinha diminuir para 2 de life. “Não se esforce tanto, Tutankamon”, pensei e retribui com um sorriso falso. É difícil sorrir de verdade quando se tem a sensação de que há óleo de cozinha quente em seu estômago.

                Tantas portas naquele maldito salão e nenhum médico dando as caras. Cheguei a pensar na possibilidade de ter apenas um caboclo para atender naquele horário e o maldito deveria estar cagando. Chegou um pai acompanhado de um garoto de uns nove anos com uma bola de basquete e uma camiseta do Ben 10. Entrou farofando no salão, batendo a bola por tudo quanto é canto e mascando chiclete com a boca aberta. “Santo Cristo, espero que engula essa porcaria de chiclete e passe a precisar mesmo de um médico, moleque pentelho!”. A dor acentuou meu matinal mau humor e qualquer coisa me irritava.

                Depois de uma eternidade, um médico abriu a porta. Tinha cabelo preto, liso e penteado para o lado que acentuava um topete meio gay e usava um tradicional estetoscópio apoiado no pescoço.

- André! – chamou

Levantei com dificuldade e fui caminhando em sua direção comemorando a chegada do momento. Enfim eu ia me livrar da dor com algum remédio daqueles que esses caras nos dão e tudo fica certo. Conforme fui chegando mais perto, olhou pra mim e disse novamente:

- André da Silva?

Este não era eu. Neguei com a cabeça e ele repetiu para o salão quase vazio:

- André da Silva!

Ouvi passos desesperados atrás de mim e pude ver o sorriso triunfal do garoto pentelho com a mão levantada:

- Sô eu!

Enquanto passava por mim, olhei-o com olhos cerrados, mordendo o maxilar e mostrando-lhe os dentes. A raiva me invadia e intensificava as pontadas vindas do meu estômago. Ele parecia sadio e mesmo assim teve o privilégio do atendimento por ser criança. Antes de entrar na sala com seu pai e o doutor, olhou pra mim e mostrou o dedo médio, rindo abestalhado.

                Mais meia hora de espera, ainda deitado nos bancos e sentindo dor absurda. A velha já tinha sido atendida, mas não eu. Brasil de merda, pagar plano de saúde não te dá privilégio algum. Estava cogitando a ideia de ir a um postinho quando uma porta se abriu.

- André Fonseca!

Era um velho de baixa estatura, com cabelos grisalhos, enormes entradas e um bigodão que chegava a esconder seus lábios. Desta vez era eu.

Durante a consulta, questionou a respeito da minha alimentação e sobre o que ingeri recentemente. Mencionei a canela. Pediu-me para deitar na maca e massageou minha barriga em algumas áreas e quando acertou o ponto certo, gritei de dor. Sentou em sua mesa e fez umas anotações.

- Acredito que seja gastrite, você terá de comprar estes remédios. Agora vamos aplicar uma medicação para melhorar esta dor.

         Na sala de medicação, umas senhoras conversavam sentadas em suas poltronas, enquanto aguardavam suas medicações. Pareciam tranquilas, ao contrário de mim. Com os pés afastados da cadeira, tentava me deitar, enquanto gemia de dor, que ficava cada vez pior. Enfim a enfermeira chegou trazendo um suporte com um pacote em cima.

- Putz, isso é soro?

- Não, é morfina.

- Hm.

Já tinha ouvido falar de morfina, não tinha ideia de como funcionava, mas amigos meus contaram que a substância poderia te deixar doidão, além de amortecido.

          Como minha dor tinha chegado a um nível absurdo, fui transferido para uma maca em uma sala cheia de divisões por cortinas, pois precisava mesmo deitar. A enfermeira era baixinha, tinha cabelos loiros e curtos, usava óculos e aparentava ter uns quarenta anos, completamente inexpressiva. Na primeira vez errou minha veia, tentou outra vez e errou de novo. Mudou de braço e voilá, a substância começou a entrar por minhas veias.

         Minutos se passaram e não senti diferença alguma. A dor persistia, até mesmo se intensificava e, vencido pelo sofrimento, lacrimejava. Mesmo depois de trinta por cento da substância do pacote tendo adentrado meu organismo, nada mudara. Comecei a procurar um botão daqueles que se usa quando quer chamar alguém e para minha surpresa, o botão não existia. Olhei para o lado e por uma fresta na cortina, avistei uma bela garota conversando com alguém que eu não conseguia enxergar. Ela estava pálida, não parecia estar em seus melhores dias também, mas mesmo assim sua beleza era notável.

- Hey, por favor, pode pedir para uma enfermeira vir aqui? Estou com uma dor lazarenta.

A garota pediu a pessoa que estava com ela para que procurasse uma enfermeira e em poucos minutos, a enfermeira loirinha abriu a cortina.

- Ainda sinto muita dor, demora muito tempo para fazer efeito?

Então ela regulou algo na válvula que liga o pacote ao tubo e disse que a morfina desceria mais rápido. Terminado o pacote, a dor ainda era absurda, não tinha sentido melhora alguma e pedi para a garota chamar a enfermeira novamente, ela repassou o recado como antes e a logo chegou com o doutor que havia me atendido.

- Doutor, ainda sinto uma dor cabulosa, parece que esse remédio não fez nem cócegas.

Ele conversou algo que não escutei com a enfermeira e logo em seguida ela veio com outro pacote.

- O dobro da dosagem desta vez, é uma medicação forte.

A partir daí tudo começou a ficar bem estranho.


Conforme o volume do pacote foi diminuindo, ia me sentindo cada vez mais estranho. Não sabia mais diferenciar o que era dor e o que era mal estar. Não sabia se queria vomitar ou ir ao banheiro e tinha dificuldade para organizar meus pensamentos. Na parede em que minha maca estava encostada, havia um relógio de ponteiros no qual não conseguia ver que horas eram. Havia tirado meus óculos logo que deitei na maca, o que dificultava enxergar com nitidez, mas mesmo de longe eu tinha a impressão de que todos os ponteiros estavam se movendo com rapidez, todos ao mesmo tempo. Próximo ao relógio via luzes que pareciam reflexos de faróis de carros passando pela rua.

O médico abriu a cortina e perguntou:

- Como se sente?

- Ainda sinto dor.

Fez umas anotações numa prancheta e falou algumas coisas que não compreendi. Suas palavras ou sumiam ou eram distorcidas, mas captei a mensagem, pois escutei as palavras raio-x e tomografia.

           Esperei mais um tempo deitado e logo a loirinha chegou novamente, tinha um papel em suas mãos.

- Você vai ter que ir ... andar ... corredor ... esquerda ... depois ... de novo ... esquerda ... elevador ... sala de ... perto de ... falar com ... voltar. Tudo bem?

Quando terminou de falar, apontou para um corredor. Não tinha ideia do que tinha que fazer e nem para onde ir. Suas palavras estavam além da minha sanidade. Respondi monossílabo:

- Ok.

Tinha muita dificuldade em me comunicar. Primeiro porque não conseguia raciocinar direito e segundo porque parecia que minha língua estava morta. Sentia um estranho conforto em ficar calado, mesmo que pudesse comprometer minha compreensão.

          Levantei da maca e meus pés caíram pesados no chão, acho que subestimei a gravidade. Peguei o papel de suas mãos, fui andando lentamente pelo corredor e avistei ao fundo uma bifurcação. O caminho parecia longo e quanto mais eu andava, mais ele parecia se esticar. O trajeto era todo igual, sem nem um quadro, porta ou decoração, tudo muito branco, o clássico cenário mórbido dos hospitais. Com as pernas pesadas ficava mais difícil de andar e me apoiei na parede para prosseguir, estava seguindo meu próprio caminho do calvário.

         Virei à esquerda, encontrei umas cadeiras e sentei ali mesmo. Minha cabeça rodava, não conseguia lembrar quais eram as malditas direitas ou esquerdas das quais a enfermeira havia falado e resolvi ficar no banco. Estava bom ali.

Meu cérebro navegava em calmaria total e também não tinha rumo, estava apenas desfrutando da brisa do mar. Navegava tranquilo, o céu estava limpo e o vento batia em meu rosto trazendo uma maravilhosa sensação de liberdade. Sem pessoas por perto, sem cidade, apenas o céu, o mar e o ar. Tranquilidade total.

Porém, os momentos de prazer não duraram muito. O céu começou a se fechar e em poucos segundos começara a cair uma forte chuva. A luz dos trovões tomava o céu em um cenário apocalíptico e um deles acertou meu barco, sucedendo o naufrágio. Conforme o barco afundava, eu corria imbecilmente para a polpa como medida desesperadora e inútil. A água foi cobrindo meus pés, minhas pernas e quando chegou a minha barriga, senti uma enorme náusea.

Mar adentro, vi cadáveres segurando espadas que atravessavam seus estômagos e quando notei, estava fazendo o mesmo. Olhei novamente para os cadáveres que agora sorriam vendo minha autoflagelação. Sentia a espada dilacerando minhas tripas. Vomitei.

          De volta à realidade, tinha dado um belo banho no chão. Um líquido amarelado e marrom cobria o piso branco do hospital. Ao fundo do corredor avistei um homem de camiseta social, calça jeans e sapato. Ele era careca e conforme foi se aproximando identifiquei quem era. Por sorte meu pai havia chegado.

        Começou a falar algumas coisas que não entendi, sentou ao meu lado e fiquei escorado nele. Uma mulher passou nos olhando e tive a impressão que achou que éramos gays. Meu pai novamente falou, desta vez pausadamente e com muito esforço consegui entender o som que se esvaia baixo por seus lábios:

- André, você precisa ligar para alguém do trabalho informando que não vai, já fez isso?

Peguei meu celular, naveguei por entre os contatos, encontrei o nome de um amigo da empresa, disquei e entreguei ao meu pai, não tinha condições de falar. Enquanto ele comunicava minha ausência, uma senhora loira, baixinha e de óculos começou a passar o pano no chão, limpando minha sujeira. Ela era idêntica à enfermeira, só mudava a cor do uniforme, este era azul.

        Na companhia de meu pai, andava abobalhado por entre o hospital. Peguei elevador, virei direitas e esquerdas e sentei próximo a uma porta. Meu pai me deu um abraço e foi embora. Tinha um quadro próximo a porta que me chamou atenção. Era uma moça em um jardim. Seus cabelos ruivos cobriam um vestido verde de camponesa e ela sorria serenamente enquanto regava as rosas. Seus lábios eram rosa claro e o vento que batia em seus cabelos transcendia paz. Olhou pra mim, piscou e disse:

- Olá, como vai?

- Não muito bem, eu acho. E você? Parece legal regar essas rosas.

- Está um belo dia para cuidar do jardim. O que você tem?

- Meu estômago está uma merda, não sei o que houve.

- Você vai melhorar, fique tranquilo.

Neste momento, a porta se abriu uma enfermeira saiu. Esta também era loira, baixinha e usava óculos. Fiquei confuso.

- Está falando com quem?

Nada respondi, apenas entreguei o papel que a outra enfermeira tinha me dado.

- Ok, vamos ao raio-x.

Entregou-me uma roupa daquelas de hospital, o tal camisolão. Fui ao banheiro da sala, tirei toda minha roupa, vesti a outra e voltei.

- Feche o camisolão.

Fiquei abismado com minha falta de semancol. Estava com a o camisolão aberto, com o saco à mostra, fazendo um belo papelão. Fechei o camisolão e tirei os raios-x.

         Algum tempo depois a enfermeira voltou com o uns papéis e disse uma porção de outras coisas que não entendi. Sentei na cadeira novamente e ela disse:

- Você precisa entregar os exames ao médico.

- Não consigo andar.



Saiu da sala e voltou com uma cadeira de rodas. Entendi a mensagem desta vez e me acomodei nela. Apesar de estar me sentindo um inútil, não ligava. Durante o percurso, fechei os olhos. Estava em alta velocidade, acelerando pela rodovia que costurava os Alpes, sentindo o vento frio em meu rosto, pilotando um conversível. Do alto das montanhas tudo ficara mais belo, um cenário paradisíaco em meio a um sol escaldante. Pisava fundo, era o rei das estradas. 200km/h era pouco, tinha todo o controle em minhas mãos. Estava fazendo uma curva a 100km/h quando só consegui ver um vulto e virei o volante para a direita, rompendo a cerca e caindo montanha abaixo. Quando abri meus olhos, já me encontrava na sala das macas.

Voltei para a maca, entreguei os papéis à enfermeira loirinha que parecia a mesma de todas as outras. Ela me entregou uma garrafa de um litro e meio de um líquido que parecia água, mas servia para a tomografia funcionar. Tomei aquela porcaria, sentia meu estômago recusando cada mililitro e comecei a ficar enjoado novamente. Esperei por mais instruções.

           A loirinha chegou com minha cadeira de rodas e lá fomos nós para mais um exame. Não tinha ideia de quanto tempo havia se passado, estava um saco ficar naquele hospital, queria voltar para casa e descansar. A sala para realizar a tomografia era bem próxima a sala do raio-x. Acenei para a ruiva do quadro.

          A enfermeira baixinha apontou para uma cadeira e ali sentei, esperando o atendimento. Quando saiu da sala, apagou a luz e fiquei no escuro. Algumas luzes vermelhas vindas de um equipamento iluminavam um pouco a sala. Não estava ruim, bem pelo contrário, eu estava curtindo e mesmo que quisesse, não conseguiria chamar alguém, pois minha voz tinha sumido. A sala era quente e confortável.

        Vi um pedaço de lenha logo abaixo de uma mesa, estava reluzente. Seu brilho se intensificou e dele saiu uma chama. A sala se iluminara e com a lenha queimando, dando um aspecto de casa do campo. O perigo era iminente, pois muitos cabos de energia estavam próximos ao fogo, mas eu não queria estragar todo aquele visual, era confortável demais. O fogo ficou ali derretendo uns cabos e parte da mesa enquanto eu observava.

        Duas loirinhas idênticas entraram na sala e acenderam a luz. A lenha sumira junto com o fogo e o aspecto de casa do campo. Comecei a ficar enjoado novamente. Enquanto preparavam uma injeção, conversavam junto à mesa e não deixei de notar o assunto. Mesmo mal da compreensão, escutei:

- Você está saindo com o Dr. Rodrigo? Mas ele não é casado?

- É sim, mas não tem problema, quem é casado é ele!

Ah loirinha piranha! Esse tipo de putaria tem em tudo quanto é trabalho. O ser humano é um escroto, cada dia que passa só tenho mais certeza disso. Aplicaram a injeção em mim e logo que terminaram, senti um súbito enjoo. Meu cérebro tentou formular alguma frase educada, mas em meio a palavras e organizações de sentenças naufragando ou caindo montanhas abaixo, consegui apenas gritar:

- VÔMITO!

Uma das loirinhas puxou com o pé um cesto de lixo para perto de mim e ali mandei uma bela quantidade de gorfo, com direito a jatinho. Enchi o cesto tão perfeitamente quanto uma máquina de café enche o copinho, na medida.

         Fiz a tomografia fadigando, estava cansado pra cacete, hospital tem uma energia tão ruim que consome até sua alma. Logo após o exame, conseguia me sentir melhor, a dor já era pouca e retornei para a maca onde dormi por um tempo. Acordei mais consciente, coloquei meus óculos e olhei para o relógio, eram exatamente sete da noite.

- Como se sente, André? – disse o médico.

- Ainda sinto dor, mas pouca. O que sinto mesmo é fome. – não tinha comido nada até então.

- Vamos providenciar um lanche. Alguém pode te buscar? Você ainda está sob o efeito de medicação.

- Sim, ligarei para o meu pai.

- Já trago os resultados dos exames.

          O lanche chegou. Aquela delícia que só os hospitais conseguem servir: duas torradas, três bolachas de água e sal e alguns potinhos com geleia e manteiga, explosão de sabor. Liguei para o meu pai.

         Enquanto comia feito pedreiro que acaba de sair da construção, o médico chegou com uma pasta aberta e vários papéis, que deveriam ser os exames.

- Olha, não tem problema grave algum em seu estômago, é gastrite mesmo. Recomendo procurar um gastroenterologista para iniciar um tratamento e regular muito bem sua alimentação.

- Tá certo.

         Meu celular tocou, era meu pai informando que estava me esperando em frente ao local. Saí do hospital, entrei no carro, dei um abraço no meu pai e cumprimentei meu irmãozinho que perguntou:

- Dé, o que você tava fazendo lá?

- Tive um dia cheio de aventuras, Gabriel. Hoje conheci uma bela camponesa, dirigi a 200km/h, andei de barco e até mesmo vi um incêndio em um lugar que tinha pelo menos oito mulheres exatamente iguais!

- Nooooooooooosssa! Sério irmãozão?!

- Hahahaha brincadeira, maninho, foi apenas um dia no hospital!